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poema patético
Poema de Antonio Miranda
(de repente)
derrepente
senti-me poeta
quis escrever um poema
inspirado em ti
não havia lápis,
nem caneta
não encontrei papel
sobre lousa preta
carvão não pegou
giz no muro branco
debochou de mim
imitar Anchieta
escrevendo na areia
não convém
não seria original
não convém
quando reuni o necessário
esgotara minha inspiração
Canoas, RS, 1959
Ilustração gerada por IA, por
Nildo Moreira, em 2025.
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